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Saturday, May 26, 2007

A Charrua

Grande Charrua!
Nunca se pensou que uma anedota sobre um PM pudesse dar tanta celeuma, a ponto de se assistir a uma verdadeira psicose, a debates televisivos, como se numa anedota se pudesse conter a fórmula do fim do mundo ou malévolo feitiço que atenta contra a segurança da pátria e que portanto é necessário purificar.E as anedotas sobre os alentejanos? Sobre as Meninas de virtudes pouco claras? Sobre os invertidos? Já imaginaram se também estas dessem origem a suspensões e repreensões? Portugal ficava sem tecido trabalhador, com uma orda de desempregados, frustrados cómicos de algibeira presos na teia da piada jocosa. MAs a verdade é que o PM é o PM: é um altar intocável, divindade terrena, e qualquer ultraje ou abordagem menos séria é heresia merecedora de calcinação. Nós cá no IM já estamos a preparar um segundo 25 de Abril, uma revolução memorável que instalará a anarquia no país... mas desta vez não vão haver "Grândola Vila Morena" ou " E Depois do Adeus" a anunciar o acto; não vão haver Chaimites nas RUas... Pior do que isso, a nossa estratégia é muito mais maquiavélica! Vamos lançar um Livro de anedotas sobre o PM, lançá-lo em todas as livrarias, quiosques e tascas. O povo sairá á rua em Gaudio, num transe intelectualerótico. As forças armadas encetarão perseguições àquelesque exibirem um jocoso riso de quem é dono de uma verdade proibida, e os torturarão obrigando-os a lerem os livros da Margarida Rebelo Pinto, electrocutando as vias neuronais e tornando-os clones partidários do partido do Poder...mas no fim., o IM sairá vencedor e governará o mundo!

Sunday, May 13, 2007

Poema Higiénico

Olha bem para ele: alvo e puro aguarda por ti, tal virgem desamparada fitando teu segredo guardado.
Vê nele o que quiseres, sente a suavidade que lhe navega a cor.
O poema espera pelo seu próprio significado, que em tuas mãos se desenha com o teu desejo.
Ele é o teu romance ocasional com fatalidade prometida.
É sacrário de ilusões que prolongam a espera.
Teu olhar o encontrará e as tuas mãos o moldarão à forma conveniente do teu corpo.
O seu fim se avista, em ti o princípio se vislumbra.
Acabaste de o ler, mas nele viverá para sempre a marca do teu momento elevado ao prazer.
Por fim a angústia se acaba e o poema recebe em si a tua dádiva.
A ele limpas o cu.
Com ele disfarças a merda que trazes contigo.
O teu esgoto ficará imaculado, mas a tua merda prevalece colorindo o meu poema outrora preto e branco.
Usaste mais uma vez o poema higiénico que contigo troca a imundice pela pureza.
O teu cu ganhou as virtudes dele, tornando-te no seu objecto de elogio.
Em ti tocou e o excremento levou.
Mas de ti ele contraiu a pior doença venérea de todas: a de cagares para mim.